O que podemos esperar do futuro? Bem, todos nós temos nossos sonhos, nossos objetivos... cada um de nós tem a sua visão sobre o que gostaria de fazer. E dificilmente duas pessoas tem os mesmos desejos de realização. Isso porque embora a sociedade seja um organismo vivo, onde cada pessoa é apenas uma célula a compor essa personagem, cada célula reage de forma diferente aos estímulos que recebe. É claro que no final das contas as pessoas acabam sendo direcionadas para as ações que interessam ao grupo como um todo, mas isso não é, de forma alguma, um ato intencional tomado pelo indivíduo. Interessante, não é mesmo? Você é convencido a fazer algo, muitas vezes contra seus próprios interesses, em nome de "um bem maior".... e nem percebe isso. A dinâmica da sociedade é tal que, por mais racional que você pense ser, suas ações serão sempre voltadas para o coletivo, mesmo que a princípio te pareça ser uma ação individualista. Na verdade, não existe uma "ação individualista"... tudo está de tal forma conectado que não há como você sair da roda vida da sociedade...

O horizonte que se descortina à nossa frente é sempre cinza, opaco... na melhor das hipóteses, é incolor. Mas ao sermos direcionados a qualquer ação esse horizonte, que passa a ser nosso destino, ganha as cores necessárias a nos convencer que devemos segui-lo. Não é por outro motivo que as pessoas sempre tomam partido de alguma coisa, não importa o que seja. Você sempre terá sua opinião formada sobre alguma coisa, e essa opinião te parecerá a mais correta de todas, e não raro, lutará para que todos a sua volta também passem a acreditar em sua verdade, não importa os meios que terá que usar para isso.

A doutrinação das pessoas começa bem cedo, no berço. Não se engane, é no seio do lar que tudo se inicia. Mas no decorrer da vida do indivíduo ele é cooptado por várias linhas de pensamento e aquela que lhe parece mais coerente é a que o irá fisgar, é aquela que ele defenderá até com a própria vida em alguns casos. Sim, o que chamamos comumente como "fanatismo" nada mais é que uma dedicação extremada a uma corrente sedutora que conseguiu encher a alma e o pensamento de alguém, dando-lhe um objetivo para defender. Não importa que objetivo seja esse. Importa que essa pessoa tornou-se parte de um organismo que tem uma missão a cumprir...  e fará tudo aquilo que seu mestre mandar...

Isso é bom? Para o grupo, sim... para o indivíduo, nem tanto. Afinal, ele é apenas uma peça que pode ser reposta facilmente em caso de algum acidente de percurso, onde por um motivo ou por outro venha a ser considerado uma baixa na comunidade... pois é como eu disse... não importa o indivíduo... o que realmente importa são as realizações que o coletivo definiu como meta...